lobo-marinho no litoral do Peru
Animal tem diferenças morfológicas e genéticas em relação a seus primos do Atlântico.Mamífero quase foi extinto por El Niño severo; sua origem ainda é um mistério.


Machos como este disputam as fêmeas de
forma 'civilizada', exibindo-se como pavões (Foto:
Larissa Oliveira/Divulgação)
acabam de revelar uma
nova espécie de mamífero marinho na América do Sul. Trata-se do
lobo-marinho peruano, um bicho cujos primos são velhos
conhecidos nas praias do extremo sul do Brasil. O animal andou
sendo empurrado para as raias da extinção por causa do fenômeno
El Niño, mas a descoberta de que ele é uma espécie distinta pode
ajudar a priorizar sua proteção.
Segundo a bióloga Larissa Oliveira, o batismo científico do novo lobo-marinho pode acontecer em meados deste ano. “Ainda precisamos acertar alguns detalhes da publicação”, diz Oliveira, que prefere manter oque prefere manter o mistério sobre o nome oficial da espécie. A única certeza é que seu “primeiro nome”, o do gênero, será Arctocephalus, assim como o de seus parentes próximos já descritos pela ciência.
Hecatombe
Segundo a bióloga Larissa Oliveira, o batismo científico do novo lobo-marinho pode acontecer em meados deste ano. “Ainda precisamos acertar alguns detalhes da publicação”, diz Oliveira, que prefere manter oque prefere manter o mistério sobre o nome oficial da espécie. A única certeza é que seu “primeiro nome”, o do gênero, será Arctocephalus, assim como o de seus parentes próximos já descritos pela ciência.
Sorte da bióloga, azar dos lobos-marinhos: “Morreram muitos
filhotes”, lamenta ela. O que acontece é que o El Niño gera um
aquecimento anormal das águas do oceano Pacífico. Com isso, as
águas frias, ricas em peixe, desaparecem da costa peruana,
levando os mamíferos à morte por inanição. Os mais vulneráveis
são justamente os bebês, que dependem da mãe para alimentá-los.
O resultado da bagunça cli
mática foi a queda da população dos
bichos de quase 25 mil para pouco mais de 8.000. genética dos
animais. Esses dados foram comparados com as demais populações
de lobos-marinhos da América do Sul – além do Rio Grande do Sul,
onde não costumam se reproduzir, os bichos também aparecem no
Uruguai, na Argentina e no sul do Chile. Os principais detalhes
analisados, durante o doutorado de Oliveira no Laboratório de
Biologia Evolutiva e Conservação de Vertebrados da USP, foram o
tamanho e o formato do crânio, bem como regiões do DNA que
costumam ser úteis para estudar a divergência (separação) entre
dois conjuntos aparentados de animais.

pavao dos mares
“Eles se comportam mais como pavões”, compara a bióloga. Cada macho se exibe pacificamente, até que as fêmeas façam sua escolha de parceiro. A pesquisadora calcula que as espécies tenham se separado há cerca de 500 mil anos – para se ter uma idéia, calcula-se que a idade da nossa espécie não ultrapasse os 200 mil anos.

A bióloga Larissa Oliveira com um bebê da
espécie peruana (Foto: Divulgação)
Aliás, essa separação ainda tem ares de mistério. Quem olha para o mapa da distribuição geográfica dos bichos enxerga um buraco imenso – cerca de 2.000 km de costa – entre a última presença de lobos-marinhos no sul do Chile e a população do Peru (que também está no extremo norte do Chile). É quase como se os lobos-marinhos tivessem sido carregados até lá de helicóptero e ficado isolados, até se separar geneticamente de seus primos sulinos.
“Ainda não sabemos o porquê disso”, conta Oliveira. “O curioso, porém, é que essa separação das populações do Peru também aparece em outras populações de mamíferos, como leões-marinhos e golfinhos.” Não é impossível que também existam espécies novas desses dois bichos ali. A bióloga pretende investigar esses outros mistérios -- isso, é claro, se conseguir emprego após o fim do pós-doutorado, dificuldade comum entre os jovens cientistas brasileiros.
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