sábado, 5 de maio de 2012

Boto Cor-de-Rosa


Quem ainda não ouviu falar nas incríveis façanhas do boto? Não é nem preciso ser paraense ou ainda da região amazônica para lhe conhecer as proezas. O boto já estreou inclusive no cinema, e aqui e ali cineastas amadores fazem novas películas abordando este ser mítico regional.
O boto tem a faculdade de transformar-se em homem e, nesta condição, seduzir as moças interioranas que costumam dançar nas festas de beira de rio. Como seduz também as que vão tomar banho sozinhas nos rios amazônicos, principalmente se estiverem menstruadas. Como conquista também as que se atrevem a andar em pequenas canoas...
O boto, diferentemente de outras lendas e mitos que não são encontrados facilmente, são perfeitamente identificáveis e até mesmo classificados cientificamente, sendo a "designação comum aos cetáceos odontocetos pertencentes às famílias dos delfinídeos (marinhos) e platanistídeos (fluviais)", segundo o mestre Aurélio. Já Carlos Rocque ensina que pode ser identificado como Inia geoffrensis o b
to branco e Steno tucuxi o boto tucuxi.
Sobre botos existem mil e uma histórias e mil e uma crenças. Quando uma mulher moradora às margens dos rios da região engravida, não sendo casada nem possuindo companheiro, é certo que se dirá que seu filho é do boto. A fama de conquistador lhe é atribuída e, além de procurar as mulheres jovens e bonitas, casadas ou não, freqüenta festas onde realiza novas conquistas. Às diversões comparece sempre de chapéu à cabeça, diz-que para esconder um orifício que facilmente o identifica como boto. Bem apessoado, anda elegantemente vestido e faz parte da tradição dizer que tem sempre uma espada à cintura. Porém, acabando o encanto, na hora que tem que se transformar novamente em boto, se verá que todos os acessórios que usa são habitantes das águas: a espada é um poraquê, o chapéu é uma arraia, o sapato é um acari, cascudo ou bodó (um tipo de peixe), o cinto é um arauaná (outro tipo de peixe)...
Dizem que em naufrágios o boto procura socorrer os náufragos. Segundo uma versão, ajudaria apenas as mulheres, até para manter sua fama de conquistador... Noutra, ajuda indiferentemente homens e mulheres. Não são poucas as pessoas que, ao escaparem de morrer afogadas, atribuem - além de a Nossa Senhora de Nazaré - ao boto o seu salvamento.
Os órgãos sexuais, quer do boto quer da sua fêmea, são muito utilizados em feitiçarias, visando a conquista ou domínio do ente amado. Porém o mais utilizado mesmo é o olho do boto, que é considerado amuleto dos mais fortes na arte do amor. Dizem mesmo que, segurando na mão um amuleto feito do olho de boto, tem que ter cuidado para quem olhar, pois o efeito é fulminante: pode atrair até mesmo pessoas do mesmo sexo, que ficarão apaixonadas pelo possuidor do olho do boto, sendo difícil desfazer o efeito...
Contam-se várias histórias em que maridos desconfiados de que alguém estava tentando conquistar suas mulheres, armaram uma cilada para pegar o conquistador. A cilada geralmente acontece à noite, onde o marido vai a luta com seu rival e consegue feri-lo com uma faca, ou a tiros ou com arpão... Mas o rival, mesmo ferido, consegue fugir e atirar-se n'água. No dia seguinte, para surpresa do marido e demais pessoas que acompanharam a luta, aparece o cadáver na beira d'água, com o ferimento de faca, ou de tiros ou ainda com o arpão cravado no corpo, conforme a arma utilizada, não de um homem, mas pura e simplesmente... de um boto!
Fonte: www.amazonialegal.com.br
Boto Cor-de-Rosa
O Boto Cor-de-Rosa é um dos mamíferos aquáticos mais característicos da Amazônia. Cresce até 2,5 metros de comprimento e pode pesar até 90 quilos.
É da família dos cetáceos (Platanistidae), que antigamente teve grande distribuição pelo mundo, inclusive nos oceanos.
Hoje seus membros são limitados a poucos rios de água doce, inclusive o Amazonas/Solimões e o Orinoco. O Boto Cor-de-Rosa vive especialmente em águas relativamente rasas, onde procura, de preferência, peixes de couro tais como o tamuatá e o bagre.
Também não dispensa tartarugas jovens, recém saídas do ovo.
A protuberância na cabeça é um tipo de captador, utilizado para receber os reflexos dos sons que fazem parte do sistema de sonar que utiliza para navegar e encontrar sua comida. Assim, consegue nadar até dentro da floresta inundada na época da cheia e se locomover sem problemas nas águas turvas da região.
Fonte: www.cdpara.pa.gov.br
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Boto Cor-de-Rosa O lendário boto cor-de-rosa nada calmamente nas escuras águas do Rio Negro. Um animal pré-histórico, um ancestral vivo dos golfinhos atuais.
Fonte: www.amazonia.org.br
BO
TO COR-DE-ROSA
Boto Cor-de-Rosa

Nome científico

Inia geoffrensis

Onde vive

Amazônia brasileira e na bacia do rio Orenoco, na Venezuela

Quanto pesa

Pode ultrapassar 160kg

Filhotes

1 por gestação
Os botos são golfinhos de água doce, aparecem nos rios e não nos mares. Mas, apesar de serem parecidos, golfinhos e botos não são iguais.
Os golfinhos são acinzentados. Já os botos podem ser pretos, acinzentados ou meio avermelhados, como o boto cor-de-rosa. Seu bico é mais comprido e apresenta pêlos na parte de cima.
Ocorre na América do Sul, na bacia do Orenoco e Amazonas.
O maior comprimento registrado é de 2,50 metros. Uma das características são os pêlos modificados, as vibrissas, sobre a parte superior do bico, que provavelmente têm função tátil.
A coloração pode variar bastante com a idade, atividade e local em que o animal vive e está ligada com a irrigação sanguínea dos vasos subcutâneos. Basicamente é um animal solitário.
Alimenta-se de peixes, mas pode também ingerir moluscos e crustáceos.
Fonte: www.linkscampeoes.com.br
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Inia geoffrensis

Classe: Mammalia
Ordem: Cetacea
Família: Platanistidae
Nome científico: Inia geoffrensis
Nome vulgar: Boto-cor-de-rosa
Categoria: Ameaçada
Ocorre na América do Sul, na bacia do Orenoco e Amazonas. O maior comprimento registrado é de 2,50m, e o peso pode ultrapassar 160kg. Uma das características são os pêlos modificados (vibrissas) sobre a parte superior do bico, que provavelmente têm função tátil.
A coloração pode variar bastante com a idade, atividade e local em que o animal vive e está ligada com a irrigação sanguínea dos vasos subcutâneos.
Basicamente é um animal solitário.
Alimenta-se de peixes, mas pode também ingerir moluscos e crustáceos. A estação de procriação inicia entre outubro e novembro. Com nascimentos que acontecem 8.5 meses depois, em maio e julho quando os níveis de água chegam no limite. Os jovens nascem com 80 cm.
A duração de lactação ninguém tem certeza mas, um indivíduo foi encontrado mamando um ano depois de seu nascimento. População desconhecida, a ameaça deste golfinho são as redes de pesca, caça, a poluição, a destruição do hábitat natural. Sua carne não é apreciada mas, os homens utilizam a sua gordura para óleo de lanternas, os olhos e a genitália para feitiço.
Fonte: www.ambientebrasil.com.br
Boto Cor-de-Rosa
Ao cair da noite na Amazônia, o boto cor-de-rosa deixa os rios e transforma-se em um lindo e sedutor rapaz, que sai em busca de uma garota para namorar. Além de galante e sedutor, o boto dança como ninguém e enfeitiça as meninas indefesas. De madrugada, o namorador volta para o rio, onde se transforma de novo em boto. Essa é uma lenda contada na floresta amazônica para explicar por que tantas meninas têm filhos sem pai: são todos filhos do boto.
Os botos são golfinhos de água doce. Mas apesar de serem parecidos, golfinhos e botos não são iguais. Os golfinhos são acinzentados. Já os botos podem ser pretos, acinzentados ou meio avermelhados, como o boto cor-de-rosa. O bico do boto é mais comprido e possui pêlos na parte de cima.
A principal diferença entre eles é que os golfinhos vivem no mar e os botos, em rios. O boto cor-de-rosa, de nome científico Inia geoffrensis, aparece nos rios da América do Sul, principalmente na Amazônia brasileira e na bacia do rio Orenoco na Venezuela.
Se algum dia você for passear em um rio da Amazônia e ouvir uns gritinhos, preste atenção. Pode ter um boto cor-de-rosa tentando lhe falar alguma coisa...
Uma coisa engraçada sobre os botos é que eles têm olhos bem pequenos e não enxergam muito bem. Para se comunicar e se guiar eles emitem uns gritinhos finos e prestam atenção ao eco dos sons na água.
Além disso, os pêlos do bico também ajudam. Esses pêlos se chamam vibrissas e têm função de tato e de direção, ou seja, servem para o boto saber para onde está indo e sentir o que vem pela frente. As vibrissas ajudam também o boto a achar comida. Ele come peixes, moluscos (como lulas e polvos) e crustáceos (como camarões e caranguejos).
Um boto pode chegar a 2,5 metros de comprimento e pesar 160 quilos. Ao contrário dos golfinhos, que vivem em bandos sempre fazendo bagunça, os botos são animais solitários. Talvez por isso as pessoas acreditem que eles se transformam em rapazes sedutores e namoradores.
O boto cor-de-rosa está ameaçado de extinção no Brasil. Sua carne e seu couro são muito preciosos na região da Amazônia, onde eles continuam sendo caçados. Também há uma grande procura pelos olhos do boto cor-de-rosa, considerados amuletos de amor: as pessoas acreditam que quem tem um olho desses arranja namorado ou namorada fácil, fácil.
Fonte: www.canalkids.com.br




LIPE, O BOTO COR DE ROSA


E AS

ONDAS DA PORORÓCA...

meio caminho da nascente do rio Araguari, em um de seus braços, num lugar ainda quase intocado pelas mãos dos homens, vivia uma comunidade de botos. As águas eram tão limpas, que era possível de ser ver o fundo de tão transparentes. Peixes e outros animais conviviam naquele paraíso em perfeita comunhão. O grupo de botos vivia como uma grande família e todos obedeciam a regras de comportamento, que haviam sido estipuladas pelo conselho dos mais velhos, que considerados por todos sábios na arte de viver, governavam a todos, sem exceção. Felipe, um boto cor de rosa, era simplesmente Lipe para os amigos e para a família. O jovem boto, desde pequeno, não concordava com muitas das imposições a que ele e os outros de seu grupo tinham que se submeter. Cada membro da comunidade tinha seus deveres e obrigações a cumprir, em prol de si mesmos e do resto do grupo. Logo pela manhã, todos os dias, eles acordavam atarefados, sempre preocupados em cumprir suas missões. Era um corre, corre o dia todo, mal paravam para se alimentar e quando o faziam, era por questão de minutos, pois não havia tempo a perder. A vida deles era tão corrida, que nunca tinham tempo para si mesmos, muito menos para se relacionar com os amigos e parentes como se deve. Lipe foi crescendo e seu comportamento na mente dos outros botos, era de alguém que não tinha mais jeito, um desajustado, um perdido na vida. Ele era incompreendido por aqueles a quem ele amava, pois tudo o que ele fazia, era sair bem cedo pelos arredores em busca de correntezas que ele adorava surfar. Era tão grande a sua paixão pelo que fazia, que ficava imaginando se um dia ele iria encontrar na vida, uma onde enorme, onde pudesse sentir todo o prazer de poder domina-la, deslizando nela, desde sua crista até onde ela terminasse. Os mais velhos, já haviam perdido as esperanças de que ele um dia mudasse e apesar de muitos conselhos e avisos sobre as conseqüências de seu comportamento impetuoso, a cada dia, mais e mais, ele sentia a necessidade de perseguir o seu sonho.
    

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